sexta-feira, 26 de julho de 2013

O rebaixamento corporal nas imagens midiáticas - um breve resumo

José de Arimathéia Cordeiro Custódio*

Dos anúncios publicitários de revistas às novelas, a exposição do corpo humano e a insinuação de prazeres sensuais (levemente proibidos pelo decoro) ligados a ele pode ser analisada à luz das idéias de Bakhtin (2002) para a obra de Rabelais.

Não se trata apenas da valorização do sexo, mais de um sentido bem maior, além da erotização, que alcança outros atos corporais humanos. Não é só do corpo que o autor fala em sua obra, mas da história do riso, do vocabulário da praça pública, das formas e imagens da festa popular, do banquete e das imagens grotescas, sempre tendo como referência Rabelais.

terça-feira, 23 de julho de 2013

A Hora do Mução: principais quadros



Além das Pegadinhas do Mução, existem outros quadros, vários deles com a mesma temática de enfurecer a pessoa numa ligação telefônica. Ao contrário das Pegadinhas tradicionais, nesses outros quadros Mução não liga novamente para a mesma pessoa depois que ela desliga o telefone na sua cara. Alguns dos mais conhecidos são:
  • Ligação a Cobrar: Mução liga a cobrar para um telefone celular e pede da pessoa um sinal de fax. O gasto de dinheiro na ligação e a insistência de Mução em "ignorar" que está ligando para um celular em vez de um fax despertam a fúria do atendente.
  • Emprenhando pelos Ouvidos: Mução diz para a pessoa que "um parente que veio do interior" está querendo falar com ela, mas quem assume a ligação é Bill BB, personagem secundário do A Hora do Mução, berrando.
  • Ô Povo Feio: Mução, depois de perguntar à pessoa sobre parentes mais próximos, chama sua família de povo feio e a enfurece.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

O grotesco teratológico no quadro A Hora do Mução


Dentro do universo do grotesco, tanto nas formas atuadas, quanto nas representadas, a categoria estética possui quatro modalidades expressivas, sendo uma delas a  teratológica.

A teratologia (do grego teratos = "monstro" + logos = "estudo") é o estudo das anomalias, malformações ligadas ao desenvolvimento embrionário. É o estudo das monstruosidades físicas. Dito isto, o grotesco é teratológico quando faz referências risíveis às deformações físicas, aberrações, etc.

terça-feira, 16 de julho de 2013

O discurso escatológico


Após a enorme polêmica envolvendo o secretário Estadual da Educação de Alagoas, Adriano Soares, em que ele sugere que as pessoas prejudicadas pelas manifestações cantem "Vá tomar no c...", fato que o levou a pedir exoneração do cargo, trataremos do discurso emitido por Soares. 

O impacto causado pela declaração do agora ex-secretário é um exemplo do poder que o grotesco exerce no meio social e que pode levar a consequências como a ocorrida na semana passada. O grotesco tem geralmente o próposito de provocar o riso, mas também possui a função de chocar, ofender, ou mesmo humilhar. Isso pode ser verificado em uma mesma expressão, a exemplo da canção "Vá tomar no c..." que, no vídeo arrancou gargalhadas da plateia, mas repercutiu negativamente quando uma autoridade pública apossou-se do mesmo conteúdo com a finalidade de expor sua discordância perante os protestos nas ruas.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Secretário da Educação de Alagoas pede demissão após crítica polêmica em rede social



Foto/Reprodução.
O secretário de Estado da Educação e do Esporte de Alagoas (SEE), Adriano Soares, pediu exoneração do cargo após repercursão negativa de um vídeo publicado por ele em uma rede social na última quinta-feira (11). 

O agora ex-secretário havia postado em seu perfil do Facebook um vídeo em que a apresentadora de TV Eliana canta "Vai tomar no c...". A postagem é  acompanhada de uma mensagem feita por Soares, na qual repudia as diversas manifestações ocorridas no Estado, aderidas ao Dia Nacional de Luta.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Intercom regional 2013




Alunos e professores do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Alagoas partiram neste terça-feira (11) para o XV Congresso de Comunicação Social do Nordeste (Intercom), que acontece entre dos dias 12 e 14 de junho, na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, em Mossoró. O evento tem como  objetivo de reunir estudantes e pesquisadores da área da comunicação para divulgar e discutir temas relevância na área. Este ano o tema escolhido foi “Comunicação em tempos de redes sociais: afetos, emoções, subjetividades”. 

terça-feira, 9 de julho de 2013

O rebaixamento corporal nas imagens midiáticas - Parte 2

José de Arimathéia Cordeiro Custódio*

Os anúncios publicitários


Os anúncios publicitários, que primam por um padrão de beleza estética simétrica e apolínea, parecem tentar evitar o rebaixamento escatológico. Porém, praticam o rebaixamento consistentemente, a começar pelo erotismo, que utiliza a boca, a língua, os dedos, o ventre e o “traseiro” (BAKHTIN, 2002). O ato de comer, degustar, saborear, lamber os lábios e a ponta dos dedos (muitas vezes produzindo algum som) não são meramente eróticos, mas, além disso, são grotescos.
No Brasil, não é preciso se esforçar para encontrar exemplos de anúncios publicitários que exploram as partes mais sensuais, principalmente da mulher: seios, ventre e “traseiros”. Qualquer leitor os conhece muito bem. No verão tais anúncios particularmente se multiplicam e o rebaixamento do corpo é usado em todo tipo de produto, da cerveja ao chinelo. Para ler o  artigo completo de Arimathéia, clique aqui)

sexta-feira, 5 de julho de 2013

O rebaixamento corporal nas imagens midiáticas - Parte 1

José de Arimathéia Cordeiro Custódio*

Os programas policiais


Nem é preciso falar do chamado cinema B ou trash. O grotesco aparece nos programas policiais, de auditório, anúncios publicitários, novelas e até em jornais.

Os programas televisivos policiais - que já passaram pelo auge, mas ainda sobrevivem - defendem algum decoro, mas jamais deixam de ser grotescos no sentido dado por Bakhtin (2002). Desfocam a imagem, mas mostram o corpo morto jogado numa valeta - sempre no baixo. Ou mostram detalhes: mãos ensanguentadas, pés amarrados, roupas desajustadas, poça de sangue.

Se não é o caso da vítima, mas do criminoso, o objetivo principal é mostrar seu rosto. Claro que o acusado tenta evitar a exposição. As imagens então vão buscar alguma marca que se sobressaia da superfície regular do corpo, como uma tatuagem, um brinco, ou mesmo as algemas, que prolongam e unem os braços.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

A caricatura

Caricatura é um desenho de um personagem da vida real, tal como políticos e artistas. Porém, a caricatura enfatiza e exagera as características da pessoa de uma forma humorística, assim como em algumas circunstâncias acentua gestos, vícios e hábitos particulares em cada indivíduo.

Historicamente a palavra caricatura vem do italiano caricare (carregar, no sentido de exagerar, aumentar algo em proporção). A distorção e o uso de poucos traços são comuns e é comum sua utilização nas sátiras políticas; às vezes, esse termo pode ainda ser usado como sinônimo de grotesco (a imaginação do artista é priorizada em relação aos aspectos naturais) ou burlesco.
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