sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Animações adultas



É comum entre os brasileiros dizer que animação é coisa de criança e desenhos animados são fantasias feitas para agradar ao público infantil. No entanto, uma gama de animações adultas registram grande audiência e expressam, por meio do grotesco, críticas, posicionamentos políticos e as realidades de uma “sociedade hipócrita”.  Na postagem de hoje, você vai conhecer os desenhos adultos mais populares no Brasil:

Foto/Reprodução.
Os Simpsons - The Simpsons (no Brasil, Os Simpsons; em Portugal, Os Simpson) é uma sitcom de animação norte-americana criada por Matt Groening para a Fox Broadcasting Company. A série é uma paródia satírica do estilo de vida da classe média dos Estados Unidos, simbolizada pela família formada por Homer Jay Simpson, Marjorie (Marge) Simpson, Bartholomew (Bart) Simpson, Elisabeth (Lisa) Marie Simpson e Margareth (Maggie) Simpson. A série se passa na cidade de Springfield e satiriza a cultura e a sociedade americana, a televisão e vários aspectos da condição humana. 

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Comunicação e Educação em Portugal: vozes em conflito midiático


De Antonio Francisco Ribeiro de Freitas


Neste livro, o autor nos apresenta como a cobertura midiática aborda as questões educativas em Portugal, a partir das reformas educativas contemporâneas e dos conflitos entre os campos acadêmico e midiático. A obra foi lançada na primeira semana de novembro durante o 2º Congresso Luso Brasileiro Sobre Trabalho Docente e Formação, realizada na Universidade do Porto, em Portugal.

A obra, que se transformou em um livro-reportagem, começou a ser desenvolvida durante seu Pós-Doutorado em Mídia e Educação, em sua passagem pela Universidade do Porto no ano de 2007. O docente afirma ainda que o interesse principal foi analisar a construção da imagem negativa dos educadores pela mídia, por parte dos jornalistas formadores de opinião.


Bibliografia: FREITAS, Antonio Francisco Ribeiro de. Comunicação e educação em Portugal: vozes em conflito midiático. Maceió: Edufal, 2009.

Em entrevista cedida ao portal de notícias da Universidade Federal de Alagoas, Freitas afirma que a preocupação com a imagem construída pela mídia dos docentes daquele país e as similaridades entre o seu objeto de pesquisa e o Brasil serviram como mote para desenvolver o seu trabalho. 

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Publicidade e o Programa do Mução



A publicidade é a alma do negócio. Independente do estilo, fundamentação e objetivo de um produto comunicacional feito para a massa, a questão publicitária implícita ou explicita terá grande parcela de seu tempo e/ou conteúdo.

O Programa do Mução é um dos maiores destaques nos mundos radiofônico e do humor brasileiro, alcançando pelas ondas de praticamente todo o norte e nordeste e boa parte das demais regiões brasileiras e estando na internet por meio de sites e redes sociais. Como um grande meio de "informação" massiva, configura-se também como exemplo de persuasão entre ouvintes.

O personagem interpretado pelo jovem potiguar Rodrigo Vieira Emerenciano e os demais participantes da tribo do Mução atrai milhões de fãs e consequentemente publicidade, inserida em seus quadros para lá de controversos, repletos de gírias, palavrões, insinuações e estereótipos. O destaque do programa são as pegadinhas que vão ao ar entre 17:40 e 18:00 horas. O quadro consiste em telefonar para pessoas indicadas por familiares e amigos e insultar a vítima com fatos indesejáveis de sua vida, principalmente apelidos.

Utilizar-se do humor para fazer publicidade é uma ferramenta conhecida e eficaz do humor no Brasil, ainda no início do século XX com as revistas semanais ilustradas e os semanários. 

terça-feira, 19 de novembro de 2013

A arquitetura do cômico, segundo Bergson



Para finalizar o trabalho de Elizabeth Bastos Duarte intitulado "Sitcoms; das relações com o tom" presente no capítulo 6 da obra Humor e riso na cultura midiática, de Roberto Elísio e Reggina Rossetti (orgs.), apresento um breve resumo de uma das partes mais importantes do texto.


Para Bergson, as estratégias discursivas mais empregadas na arquitetura do cômico são:

  • repetição - de situações, comportamentos, atitudes;
  • referenciação - alusão ao que não é do conhecimento de todos;
  • reversibilidade - inversão de papéis;
  • ruptura - com as expetativas sociais, a transgressão de gêneros, de convenções;

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Hentai



Hentai é o nome atribuído a determinados desenhos e mangás japoneses. A palavra deriva da expressão Hentai seiyoku, que significa “perversão sexual” usada nos países ocidentais para referir-se à pornografia presente em determinados mangás japoneses. No Japão,  o vocábulo serve somente para referenciar material sexual de conteúdo forte, extremo, anormal ou perverso; já os termos “etchi” (pronúncia japonesa da letra H) e ero (erótico) são utilizados para referenciar material cujo conteúdo é simplesmente sexual. 

HISTÓRIA


Acredita-se que o hentai seja inspirado em formas de arte erótica que já existem no Japão desde o Período Edo, que ocorreu de 1600 a 1867. Naquela época, eram comuns gravuras tradicionais, conhecidas como ukiyo-e, que versavam todos os temas, inclusive o sexo e a nudez. Estas eram conhecidas como shunga, e utilizadas como manual para instruir recém-casados ao sexo, ou como objeto para auxiliar a masturbação. Muitas vezes, coleções de shunga eram dadas como presente de casamento para serem usadas na lua-de-mel.




Com a Restauração Meiji, foi introduzida no Japão a cultura ocidental, que tinha na época grandes barreiras morais à nudez em público. Com isso, o shunga entrou em decadência, mas a pornografia continuou a existir de forma mais escondida. O surgimento do hentai moderno começou após o fim da Segunda Guerra Mundial, quando permitiu-se novamente a publicação de material pornográfico. Entretanto, até 1991 era proibida no Japão a divulgação de material com pêlos púbicos, obrigando os artistas a não desenhá-los. Mesmo hoje em dia, a ausência de pelos é uma característica própria do Hentai, mas há muitas obras em que os pelos são desenhados pois não são mais proibidos.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Sugestão de leitura: Uma História Cultural do Humor




Os homens nem sempre riem das mesmas coisas nem pelas mesmas razões. O livro "Uma História Cultural do Humor" investiga o poder do riso, da gargalhada, do deboche, do sarcasmo e de todas as outras formas de humor ao longo da história da humanidade. 

Sem pretender apresentar uma teoria abrangente para o humor e o riso, 'Uma história cultural do humor', organizado por Jan Bremmer e Herman Roodenburg, estuda o humor como uma chave para a compreensão de culturas, religiões, grupos sociais e profissionais. Para isso, os autores dos onze ensaios que compõem este volume se remetem a filósofos e oradores, doutores da Igreja e manuais de civilidade, pinturas e livros de piadas, registros e diários parlamentares. Assim, Jan Bremmer, professor de história da religião da Universidade de Groeningen, estuda o humor na Grécia Antiga, Fritz Graf analisa Cícero e Platão no riso romano e Jacques Le Goff, o riso na Idade Média.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Sitcoms



Os sitcoms, em inglês comédias de situação, são produções televisivas que retratam situações do cotidiano das pessoas, normalmente de modo cômico, sob a forma de seriados semanais com episódios que duram de 30 a 40 minutos e que permanecem no ar enquanto houver audiência. Esses programas, que já tiveram presença marcante no meio televisivo brasileiro, conseguem captar, de acordo com Elizabeth Duarte, "[...] as nuances do humor nacional, desempenhando, talvez mais eficientemente que outros, as funções de entreter e, por que não, de fazer refletir."  (apud SANTOS e ROSSETTI, 2012, p. 149). As histórias, curtas e independentes, são contadas em cenários fixos nos quais personagens representam o cotidiano de um grupo ou de uma família com temas envolvendo os mais variados acontecimentos da vida real, azares, defeitos e peripécias que circundam o cotidiano comum, mesclados com um toque de humor, desviando-se assim da seriedade que expressam os temas.


Friends, A grande família, The Big Bang Theory, Two and a Half Men e muitos outros são exemplos de sitcoms. Foto; internet

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Teatralizando o grotesco


O teatro é uma das formas mais antigas de arte do mundo, tão antiga que é imprecisa a data de seu surgimento. Alguns estudiosos afirmam que seus surgimento se deu a partir de rituais primitivos, outros defendem seu início a partir da contação de histórias, ou se desenvolvido por intermédio de danças, jogos, imitações, há 80 000 anos. O fazer teatral está associado ao exagero e rebaixamento corporal em diversas vias, muitas das vezes com a finalidade de desviar-se das dificuldades constantemente encontradas nas produções comuns: baixo público e consequentemente baixa bilheteria. A saída para muitos desses produtores é investir nas comédias escrachadas - peças sem nenhum compromisso com a essência das artes cênicas. O improviso é a regra geral para fazer o público 'morrer' de rir e voltar várias vezes ao teatro.Os atores tem falar de alto, vestir-se e se maquiar de forma exageradas para prender a atenção do público e assim conquistá-los.

O teatro passou por diversas civilizações e permanece no cotidiano como uma das mais admiráveis e notáveis formas artísticas e é no grotesco em que grande parte dos grupos, principalmente quando pensamos no teatro contemporâneo brasileiro, que grandes grupos se fiam para contar suas estórias.

"Romeu e Juli...eeita", sucesso em Alagoas desde 2005.

Comédias escrachadas, como as alagoanas "Romeu e Juli...eeita" e "Romeu, Eva e Adão" são responsáveis por atrair pessoas de diversas classes ao teatro alagoano e em diversos estados brasileiros. Envolvendo o público em estórias lotadas de duplos sentidos, palavrões e chavões populares, as peças fazem rir ao tempo em que inserem em momentos alternados críticas sociais e políticas, apresentado ao público, em sua maioria alheia aos problemas sociais, um desmascaramento das convenções, rebaixando pelo riso os cânones e o “poder absoluto”, dando de bandeja uma crítica cruel e risível.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Halloween


Como o blog já tratou em diversas postagens, o grotesco está intrinsecamente ligado à cultura popular, mais especificamente à oposição de determinados grupos populares em relação às regras e aos costumes vigentes, gerando assim um ambiente denominado "praça pública". Nas ideias de Bakhtin em Rabelais, a praça (ou feira) representa o local propício para as mais diversas manifestações da cultura popular; este tipo de espaço mantém estreita ligação com a festa, palavra de origem latina que tem conotações religiosas e possui forte ligação com o feriado e a feira pública.

A festa, em toda sua história, sempre foi considerada um lugar de ritualização dos conflitos em torno do controle social. Nela, de acordo com Sodré e Paiva (2002), podem acontecer o caos das identidades sociamente estabelecidas (paródias, ritos de inversão de papéis sociais), o descontrole das pulsões, e a subversão dos conceitos e das categorias (apelidos, jogos de linguagem). A festa guarda os traços semióticos da praça pública descrita por Bakhtin, mas além de expressão tradicional, ela é também um lugar de litígio entre cultura oficial/cultura popular ou rústico-plebeia.

Foto: Reprodução/internet.

O Halloween, no Brasil chamado de Dia das Bruxas,  é um evento tradicional e cultural que ocorre basicamente em países de língua inglesa, com maior relevância no Estados Unidos da América, e remonta às tradições dos povos que habitaram a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C. A palavra é oriunda do termo escocês "Allhallow-eve" que significa "véspera do Dia de Todos os Santos". Os Celtas acreditavam que o mundo seria ameaçado na véspera do evento pela ação de terríveis demônios e fantasmas. Dessa forma, o “halloween” nasce como uma preocupação simbólica onde a festa cercada por figuras estranhas e bizarras teria o objetivo de afastar a influência dos maus espíritos que ameaçariam suas colheitas.
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