Kris Kuksi é um artista americano do gênero Realismo Fantástico. Especializado
na criação de instalações artísticas complexas, o
trabalho de Kuksi tem sido descrito como "alucinante, macabro
lindamente grotesco".
The Plague Parade Una Quarta Movimento
O trabalho de Kuksi
tem sido descrito como narrativas intrincadas,
polarizadas do equilíbrio entre o bem e o mal, esquerda e direita, noite
e
dia, passado e futuro. Kris Kuksi
tem destaque em mais de 100 exposições em todo o mundo, incluindo Art
Basel, Miami , Berlim , a Colônia Art Fair na Alemanha e no Smithsonian
National Portrait Gallery. Nascido em 2 de março de 1973, em Springfield Missouri, Kuksi já teve seu trabalho exibido em mais de 100 exposições no mundo inteiro.
O texto a seguir constitui um fragmento do artigo de Herom Vargas, intitulado "Humor na letra e humor na música" presente na obra Humor e riso na cultura midiática, de Roberto Elísio e Regina Rossetti (orgs.).
A piada, o chiste, a paródia e o riso - diversas faces do humor - são manifestações bastante autênticas e estão em importantes comportamentos do nosso cotidiano, formas peculiares de relacionar amizade e alegria, de inverter lógicas de poder ou de elaborar determinados exercícios estéticos criativos que não veem muita importância no viés normativo da arte chamada de "séria". Outro aspecto curioso é que as sátiras permeiam vários níveis da sociedade e germinam em distintos espaços sociais. Das elites até o povo mais humilde, das situações formais, aos encontros fortuitos, a piada sempre está presente.
Dentro do vasto leque de manifestações da cultura, como é sempre avesso às formalidades e vive a corrompê-la, o humor teve vida longa e farta na música popular brasileira. Suas origens populares, vinculadas aos espetáculos das ruas (circos, festas, carnaval, dança, etc.), fizeram da música popular um campo privilegiado para a graça cômica. A piada reinou constante no Carnaval, seja nas fantasias, nas inversões paródicas, nas festas, e a dinâmica carnavalesca possibilitou amplos espaços na música para os recursos cômicos. As marchinhas foram grandes exemplos em que a verve satírica se manifestava.
Em suas letras, personagens e situações eram invertidos, os dominantes e poderosos eram alegremente destronados e ritos sociais, questionados. Uma das mais antigas é Pé de anjo, de Sinhô, gravada em 1919 por Francisco Alves, cuja a letra ironizada o tamanho dos pés de China, Olavo da Rocha Viana, irmão de Pixinguinha: "Ó pé de anjo/ És rezador, és rezador/ Tens um pé tão grande/ Que capaz de pisar/ Nosso Senhor, Nosso Senhor". Noutra célebre marcha carnavalesca Mamãe, eu quero, de Jararaca e Vicente Paiva, gravada por Carmem Miranda em 1939 e tocada até hoje nos salões e ruas, o cunhado é sacaneado: "Eu tenho uma irmã/ Que é fenomenal/ Ela é da bossa/ E o marido é um boçal".
"Mamãe, eu quero" cantada por Carmem Miranda (1943).
No samba, o cômico também sempre esteve presente. Em Palpite infeliz, de Noel Rosa, dentro da polêmica com Wilson Batista: "A vila é uma cidade independente/ Que tira samba, mas não quer tirar patente/ Pra que ligar a quem não sabe onde tem o seu nariz/ Quem é você que não be o que diz?".
O autor consegue oferecer ao leitor uma obra densa, cheia de novidades e
muito útil para a compreensão da realidade jornalística nacional,
justamente, por analisar o discurso de jornalistas e de políticos. Este
"Dossiê Explosivo" é dirigido não apenas aos comunicadores, mas a todos
aqueles que detêm ou almejam deter poder. Resta atentar, pois, para o
fato de que o discurso é uma verdadeira arma de poder.
Bibliografia: FREITAS, Antonio Francisco Ribeiro de. Discurso da mídia: um estudo de caso. Maceió: Edufal, 1999.
Sobre o autor
Antonio Freitas é professor Associado II do Curso de
Comunicação Social - Jornalismo, UFAL. Líder do Grupo de Pesquisa
"Comunicação e Multimídia - COMULTI" e Vice-líder do Grupo de Pesquisa
Multidisciplinar em Educação de Jovens e Adultos (CEDU/UFAL). Atua
nas áreas de Comunicação, Linguagem e Educação. Linhas de pesquisa:
Jornalismo, Gêneros midiáticos, Retórica jornalística, Educomunicação,
Discurso da mídia, TIC.
Freitas tem Pós-Doutorado em Mídia e Educação, na Faculdade de Psicologia e de
Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCE/UP - 2007) e
Doutorado em Linguística (UFAL - 2002). Fez mestrado em Letras (UFAL -
1996) e Especialização em Língua Portuguesa (1994 - UFAL). É Graduado em
Comunicação Social - Jornalismo, na Pontifícia Universidade Católica de
Campinas (PUCCAMP - 1981).
Uma categoria estética é, segundo Sodré e Paiva, um sistema organizado de exigências necessárias para que
uma obra alcance um determinado gênero (trágico, dramático, cômico, grotesco...)
no interior da dinâmica da produção artística. A categoria responde tanto pela
produção e estrutura da obra quanto pelos efeitos de gosto que produz no contemplador
em relação ao objeto contemplado.
O programa A hora do Mução possui diversos quadros com vários personagens e quadros fixos, que dialogam de forma escatológica e teratológica com o público, produzindo oralmente o gênero grotesco chocante que fideliza a audiência e amplia a sua faixa de ouvintes. Dos personagens interpretados no humorístico, Licurgo é um dos que mais se destaca graças, sobretudo, aos comentários escatológicos que emite, mas com um diferencial: sua voz anasalada, popularmente conhecida como voz "fanha", possibilita altas gargalhadas por parte dos ouvintes que acompanham o programa. O humorista explora esse distúrbio, responsável pela modificação da sonoridade da voz, e com seu carisma faz sucesso nas redes sociais nas quais aparece em fotografias e vídeos constrangedores.
Licurgo, personagem de José Ernandes. Foto: Rep./Flickr
José Ernandes, mais conhecido pelo personagem Licurgo, é natural do estado do Ceará e desde 2007 mora no Recife, onde o A hora do Mução é gravado. Licurgo possui uma estratégia de provocar o riso sem fazer muito esforço, é um personagem que apela para a voz fanha, pronunciando na maioria das vezes frases muito difíceis de compreender.
Em determinadas situações é o locutor Mução, personagem de Rodrigo Emerenciano, que pede para que Licurgo converse com as vítimas dos trotes telefônicos, ou cante a música de algum artista famoso. Outra característica marcante no personagem de José Ernandes é a dentadura que frequentemente se "solta" da boca do locutor. Tudo é proposital, com a nítida intenção de provocar o riso naqueles que acompanham tanto o programa radiofônico, quanto a turma do Mução nas redes sociais e no canal oficial do produto no YouTube. No vídeo abaixo, postado pelo canal Mução Fora do Ar, Licurgo "homenageia" o cantor Roberto Carlos com uma de suas canções; aqui, assim como no programa do Mução o objeto de irrisão é a fala do apresentador fanho.