quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Mução - o discurso grotesco nas ondas do rádio: a escatologia no ar

Artigo apresentado no Simpósio Nacional de Jornalismo, Participação e Cidadania




O professor do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Antonio  Freitas, apresentou trabalho com a temática do grotesco no humorístico radiofônico Hora Mução, durante evento acadêmico realizado pelo Programa de Pós-graduação em Jornalismo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). 

O artigo Mução - o discurso grotesco nas ondas do rádio: a escatologia no ar faz uma análise ético-estética da linguagem radiofônica relativa à produção do humor radiofônico presente no Programa do Mução sob a ótica da estética do grotesco e baseado em Sodré e Paiva (2002), Bakhtin (1987, 2003) Zampar (2010), Martins (online, 2014) dentre outros. É um estudo de caso que avalia a presença do grotesco no Programa do Mução em que se analisa um dos quadros da Pegadinha do Mução, visando identificar o uso recorrente desse recurso estético, qual seja, a presença marcante das modalidades expressivas que remetem às categorias do escatológico e ao teratológico usadas com maior frequência nessa atração sonora, que mescla radioteatro, radiojornalismo, entretenimento. Isso garante ampla audiência ao citado programa radiofônico.   


Profº. Antonio Freitas durante apresentação do artigo.

A análise e o respectivo diagnóstico operam a partir de estudos dos fragmentos de um quadro completo da atração, disponível no site YouTube. A análise conclui ser o Programa do Mução um exemplo de produto midiático apropriador de termos e expressões advindos da estética verbal do grotesco, originário do gênero do discurso cotidiano, oriundo das camadas populares. O programa desrespeita as questões de cidadania, pois rompe os padrões éticos/morais a fim de atingir o riso cruel (BERGSON, 1993), por meio do uso constante de palavras de baixo calão que visam ao rebaixamento do sujeito e dos valores éticos. A escatologia e a teratologia são as marcas registradas da produção discursiva do Mução, e tal enunciação radiofônica feita pelo locutor – que prioriza a linguagem e a cultura da fuleragem (MARTINS, online, 2014), atrai de forma significativa a audiência do público-massa.



O Simpósio reuniu pesquisadores de várias universidades.

O simpósio foi realizado pelGrupo de Pesquisa em Jornalismo, Mídia, Acessibilidade e Cidadania (GJAC) do Programa de Pós-graduação em Jornalismo da Universidade Federal da Paraíba - UFPB. O encontro ocorreu na cidade de João Pessoa nos dias 27 e 28 e contou com a presença de pesquisadores da área de Jornalismo e Comunicação.




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