O ilustrador polonês Michal Dziekan insere o grotesco no cotidiano, misturando seres bizarros ao extremo. Desenhista e diretor de animações, caracterizou suas obras pelo exagero de seus personagem transpondo a realidade para a tela de um mundo imaginário.
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
O Hiper-realismo de Monica Cook e as ilustrações de Michal Dziekan
O ilustrador polonês Michal Dziekan insere o grotesco no cotidiano, misturando seres bizarros ao extremo. Desenhista e diretor de animações, caracterizou suas obras pelo exagero de seus personagem transpondo a realidade para a tela de um mundo imaginário.
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
História da feiura
Humberto Eco
Livro que dá sequência ao "História da Beleza". Aparentemente beleza e feiura são conceitos com implicações mútuas, e, em geral, entende-se feiura como oposto da beleza, tanto que bastaria definir a primeira para saber o que seria a outra. No entanto, as várias manifestações do feio através dos séculos são mais ricas e imprevisíveis do que se pensa habitualmente.
E, assim, tanto os textos antológicos quanto as extraordinárias
ilustrações deste livro nos fazem percorrer um surpreendente itinerário
entre pesadelos, terrores e amores de quase três mil anos, em que
movimentos de repúdio seguem lado a lado com tocantes gestos de
compaixão e rejeição da deformidade se faz acompanhar de êxtases
decadentes com as mais sedutoras violações de qualquer cânone clássico.
Entre demônios, loucos, inimigos horrendos e presenças perturbantes,
entre abismos medonhos e deformidades que esploram o sublime, entre
freaks e mortos vivos, descobre-se um veia iconográfica vastíssima e
muitas vezes insuspeitada.
Bibliografia: ECO, Umberto. História da Feiura. Rio de Janeiro: Record, 2007.
História da Beleza
Se a Beleza está nos olhos de quem vê, é certo que esse olhar é
influenciado pelos padrões culturais de quem observa. Afinal, o que é
beleza? O que é
arte? Com a perspicácia e erudição de sempre, Umberto Eco propõe essas
indagações em seu novo livro, "História da Beleza", um ensaio sobre as
transformações do conceito do Belo através dos tempos.
terça-feira, 17 de setembro de 2013
O riso através do baixo
- Alô!
- Não, "alô" não, diga assim " é a da residência de peito de bola, o que é que você deseja, bebê?".
- Oxe, o que é que você quer com isso?!
- Homi, fale baixo viu!
- "fale baixo" é você, seu fresco!
- Me respeite!
- Me respeite você também!
- E fale baixo!
- Eu falo alto que eu tô na minha casa!
- E chame peito de bola.
- Vai comer merda, homi!
- Eu só como se você deixar o tira-gosto pro peito de bola.
- Você vai comer o c* de sua mãe!
- Ei amigo, cale a boca viu?
- "cale a boca" não!
- Quem é esse anão?
O diálogo acima faz é uma das milhares de pegadinhas telefônicas do Hora do Mução, programa de rádio que vai ao ar diariamente a partir das dezessete horas, cobrindo 972 cidades brasileiras através de suas 59 afiliadas. Trata-se do marido de Filícia, irritado com o trote recebido pela esposa; ao longo da dicussão, outros parentes da "vítima" saem em sua defesa e no discurso de todos eles prevalece o grotesco escatológico, principalmente relacionado a dejetos humanos, a exemplo da palavra "merda", emitida pelos envolvidos no trote e não censurada pela produção do humorístico.
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Ligue o rádio: garantia de boas gargalhadas
A obra Humor e riso na cultura midiática - variações
e permanências, de Roberto Elísio dos Santos e Regina Rossetti (orgs.) trás
em seu penúltimo capítulo uma abordagem acerca do humor na programação radiofônica,
identificando historicamente como esse recurso sonoro tem sido trabalho e suas
aplicações para atrair ouvintes e patrocinadores.
Intitulado "Ligue o rádio: garantia de boas
gargalhadas!", o texto produzido por Rúbia Vasques* explana que a
gargalhada, enquanto manifestação sonora do riso, é um meio bastante utilizado
nos programas de entretenimento, bem como na publicidade apesar de o rádio ser
um veículo de comunicação de massa em posição "desfavorecida" em
relação a outros meios, já que não trabalha com imagens. Para tanto, deve
possuir uma linguagem "participativa, dialógica e bidirecional. Isso para
que ela seja verdadeiramente comunicação e não meramente participação, difusão".
(P. 189). Deve exigir ainda domínio das técnicas necessárias para a produção da
piada, tais como o ritmo, entonação e elaboração e divisão dos quadros humorísticos.
A autora faz uma
observação para o humor cruel, apropriador de estereótipos e assuntos
relacionados ao nosso cotidiano que, nos produtos midiáticos, adquirem um teor
que desvaloriza determinados grupos ou indivíduos sociais:
Há quem extrapole o humor, buscando ridicularizar e caracterizar ao extremo àqueles considerados humildes e marginalizados na sociedade. Com certa frequência ouvem-se caracterizações como, por exemplo, de homossexual, bêbado, idoso, gago, criança, entre outros. (SANTOS; ROSSETTI, 2012, p. 189.)
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Resenhas
Local: Maceió, alagoas, BRA
Alagoas, República Federativa do Brasil
terça-feira, 10 de setembro de 2013
Ética na Comunicação
Clóvis de Barros Filho
Como sugestão de leitura desta semana, apresentamos a obra do professor Clóvis de Barros Filho: 'Ética na Comunicação' empreende uma análise das regras do dever-ser jornalístico, ou seja, da deontologia das mídias. Contudo, Clóvis parte de pressuposto de que a discussão sobre a ética na comunicação deve partir de uma análise dos efeitos da mídia junto à sociedade. Assim, a partir de vários exemplos de notícias veiculadas na imprensa nacional e internacional, Clóvis analisa questões como a objetividade informativa da mídia, os processos de produção e de recepção das mensagens informativas e os efeitos que estas produzem na sociedade impondo temas e enfoques para distinguir a comunicação do que ele chama de 'pseudocomunicação'.
Bibliografia: BARROS FILHO, Clóvis. Ética na Comunicação. São Paulo: Summus, 2003.
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
Humor no YouTube: Porta dos Fundos
Os
limites entre o que é engraçado ou a simples exploração do grotesco sempre
rendem grandes discussões. No último ano, um
grupo de atores que trabalhavam com humor se juntaram e vem dando o que falar e
alcançando popularidade na mídia de forma geral, o Porta dos Fundos.
Integrantes do coletivo Porta dos Fundos. |
Em seu site oficial, o grupo se descreve como um coletivo criativo
que produz conteúdo audiovisual voltado para a web com qualidade de TV e
liberdade editorial de internet. Idealizado por Antonio Tabet (Kibe Louco),
Fabio Porchat, Gregório Duvivier, Ian SBF e João Vicente e Castro, o canal do You
Tube brasileiro, é o maior do país e um dos maiores do mundo em número de visualizações
e compartilhamentos em redes sociais, tendo mais 5 milhões de inscritos.
Seus
esquetes
que tem duração média de 2 min abordam temas diversos de forma crítica
e aleatória, fazem graça de tudo e de todos, aparentemente, sem papas na
língua, usando de referências claras sobre políticos, líderes religiosos
e
figuras de destaque nacional. Constantemente abordam questões sociais,
preconceitos e estereótipos incutidos na sociedade brasileira como a
mulher na sociedade, sexualidade e política. Usam do escatológico e do
teratológico em diversos vídeos, além de fazer uso constantemente de
palavrões
e chavões pesados.
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Música e sensualidade: limites para o grotesco
O mundo da música, principalmente o Pop americano é cercado de escândalos, ex-ídolos teens costumam estampar capas e mais capas de revistas graças às polêmicas geradas por ações que ora "seduzem", ora “chocam” fãs e sociedade americana. No último final de semana uma apresentação, vista por muitos como grotesca, da cantora Miley Cyrus (ex- Hanna Montana) revoltou pais e gerou uma série de questionamentos referentes a educação e má influência desses artistas em seu público-alvo: os adolescentes.
Foto: reprodução. |
Durante a tão falada apresentação no Video Music Awards 2013 (prêmio musical da Rede Music Television) Cyrus apresentou-se com uma roupa curta e fez o chamado twink (rebolada/ boquinha da garrafa) e gerou grande repercussão, fazendo com que a liga dos pais dos EUA pedissem que o prêmio passasse a ser exibido com controle de idade, temendo que seus filhos sejam influenciados pela apresentação. Muitos consideraram ofensivo do ponto de vista sexual, mas há também quem acrescente um ponto de vista racista para a apresentação da jovem de apenas 20 anos, dez desses no mundo a música.
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