O mundo da música, principalmente o Pop americano é cercado de escândalos, ex-ídolos teens costumam estampar capas e mais capas de revistas graças às polêmicas geradas por ações que ora "seduzem", ora “chocam” fãs e sociedade americana. No último final de semana uma apresentação, vista por muitos como grotesca, da cantora Miley Cyrus (ex- Hanna Montana) revoltou pais e gerou uma série de questionamentos referentes a educação e má influência desses artistas em seu público-alvo: os adolescentes.
Foto: reprodução. |
Durante a tão falada apresentação no Video Music Awards 2013 (prêmio musical da Rede Music Television) Cyrus apresentou-se com uma roupa curta e fez o chamado twink (rebolada/ boquinha da garrafa) e gerou grande repercussão, fazendo com que a liga dos pais dos EUA pedissem que o prêmio passasse a ser exibido com controle de idade, temendo que seus filhos sejam influenciados pela apresentação. Muitos consideraram ofensivo do ponto de vista sexual, mas há também quem acrescente um ponto de vista racista para a apresentação da jovem de apenas 20 anos, dez desses no mundo a música.
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Apesar de ser um tabu e gerar
muita discussão, a forte referência ao sexo está presente em praticamente todas as músicas de
sucesso da atualidade, sejam elas nacionais ou internacionais. O pop e hip hop
internacional, no Brasil o funk, o forró, o axé e a swingueira fazem apologia ao sexo
com a mesma naturalidade que consumidores falam das promoções em um supermercado,
no entanto, a mesma sociedade que compra/baixa os CDs discuti, se envergonha e
critica performances como as de Miley. Assim
como as coreografias e clipes sensuais e provocativos, tanto como letras
repletas de duplo sentido e palavrões são imitados por crianças e adultos no
mundo, as mesmas são excluídas como forma “verdadeiramente artística” e
classificadas por muitos críticos musicais como “lixo”, por conservadores como “depravadas”
e por pais como má influência.
Como já abordado em outros
momentos no blog, tudo aquilo que está associado às partes baixas, via de regra
pode ser encarado com preconceito e é considerado feio, degradante e até imoral. O
grotesco neste caso é parte do contexto social no qual o que se refere ao sexo
é ruim e quem fala e demonstra abertamente algo sobre ele é grotesco.
"Bonde Das Maravilhas" e sua coregrafia de maior sucesso na internet: o "Quadradinho de oito".
No Brasil (apesar de vídeo clipes e shows americanos serem tão ou mais sensuais que os brasileiros), a questão da sensualidade praticamente passa em branco, tanto que seis adolescentes ganham espaço midiático com uma música como o "Quadradinho de oito" sem gerar nenhum tipo de alteração social. As letras e coreografias do funk carioca, do forró nordestino, do arrocha e swingueira baiana ganham rádios, jornais e milhões de “likes” sem constrangimentos morais. A exaltação do sexo não é somente entretenimento, mas também um negócio lucrativo. Ao mesmo tempo a noção do que é imoral ainda restringe o comportamento feminino tendo culturalmente a mulher que agir, falar, vestir e pensar de uma forma “reta” para não ser considerada vulgar e os homens ainda escolhem suas companheiras de acordo com esse tal modo de se comportar.
Alguns sucessos da swingueira:
Funk:
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