Mução - o discurso grotesco nas ondas do rádio: a escatologia no ar

Artigo apresentado no Simpósio Nacional de Jornalismo, Participação e Cidadania

O professor do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Antonio  Freitas, apresentou trabalho com a temática do grotesco no humorístico radiofônico Hora Mução, durante evento acadêmico realizado pelo Programa de Pós-graduação em Jornalismo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). 

O artigo Mução - o discurso grotesco nas ondas do rádio: a escatologia no ar faz uma análise ético-estética da linguagem radiofônica relativa à produção do humor radiofônico presente no Programa do Mução sob a ótica da estética do grotesco e baseado em Sodré e Paiva (2002), Bakhtin (1987, 2003) Zampar (2010), Martins (online, 2014) dentre outros. É um estudo de caso que avalia a presença do grotesco no Programa do Mução em que se analisa um dos quadros da Pegadinha do Mução, visando identificar o uso recorrente desse recurso estético, qual seja, a presença marcante das modalidades expressivas que remetem às categorias do escatológico e ao teratológico usadas com maior frequência nessa atração sonora, que mescla radioteatro, radiojornalismo, entretenimento. Isso garante ampla audiência ao citado programa radiofônico.   

Profº. Antonio Freitas durante apresentação do artigo.

Trabalho que aborda o grotesco no rádio é apresentado no Caiite 2014

A estudante do 8° período de Relações Públicas da Ufal, Mirian Oliveira, apresentou a pesquisa Pibic "Programa do Mução: o império do riso grotesco e cruel nas ondas do rádio", referente aos meses de agosto de 2012 e julho de 2013. A apresentação em banner aconteceu no Centro de Exposições Ruth Cardoso, em Jaraguá, durante o Congresso Acadêmico Integrado de Inovação e Tecnologia (Caiite).

Foto: http://caiite.org/caiite/caiite-2014-reune-mais-de-45-mil-pessoas/

O surrealismo de Redmer Hoekstra

Redmer Hoekstra é um artista plástico holandês conhecido pelas ilustrações surrealistas que produz através da combinação entre pessoas, animais e objetos. O resultado é ora engraçado, ora perturbador e chama a atenção pela criatividade.

 

Ciseco 2014: submissão de trabalhos para o III Colóquio Semiótica das Mídias terminam no dia 10

O Centro Internacional de Semiótica e Comunicação (Ciseco) prorrogou para 10 de agosto o prazo de submissão de resumos para o III Colóquio Semiótica das Mídias. O evento que acontecerá no dia 24 de setembro, faz parte da programação do Pentálogo V – “Dicotomia Público/Privado: estamos no caminho certo?”.

Foto: Divulgação.

De acordo com o site do evento (www.ciseco.org.br), O texto deverá abordar os objetivos, problema de pesquisa, estágio do seu desenvolvimento e articulações explícitas com o tema do Pentálogo V, ou com ângulos afins à semiótica da comunicação midiática. O resumo deve ter entre 100 e 250 palavras, sendo precedido de título, nome do autor e da instituição e sucedido de 3 a 5 palavras-chave.

Os trabalhos deverão ser encaminhados para ciseco2014@gmail.com. O resultado dos textos aprovados serão divulgados em até 18 de agosto. O site informa ainda que Os autores dos trabalhos aprovados e apresentados durante o Colóquio deverão remeter seus textos consolidados até o dia 30 de outubro, pois eles serão publicados, em versão online, no site dos anais do Colóquio.

Alagoas Caiite 2014: pesquisa que aborda o grotesco no programa do Mução será apresentada em congresso acadêmico

A estudante do 8° período de Relações públicas da Ufal, Mirian Oliveira, apresentará a pesquisa Pibic Programa do Mução: o império do riso grotesco e cruel nas ondas do rádio, realizada entre os meses de agosto de 2012 e agosto de 2013 e da qual atualmente é bolsista. O trabalho será apresentado no Congresso Acadêmico Integrado de Inovação e Tecnologia (Caiite), na modalidade "comunicação banner ", em 19 de agosto, das 9h às 12h, no Centro de Exposições Ruth Cardoso, em Jaraguá.

Ao todo, serão apresentados mais de 860 trabalhos em comunicação oral e banner de alunos das instituições parceiras do Caiite – Ufal, Ifal, Uncisal, Fits e Cesmac – e de outros estabelecimentos de ensino. Haverá também apresentação nas cidades de Arapiraca, Santana do Ipanema, Penedo, Viçosa e Delmiro Gouveia. Em Maceió, o evento será realizado de 18 a 23 de agosto e contará com mesas-redondas, oficinas, palestras, minicursos, apresentações artísticas e culturais, além da realização do 5º Festival de Música da Ufal (Femufal). As atividades ocorrerão a partir das 9h, distribuídas em 46 salas de atividades, além de auditórios e do teatro.

O Congresso Acadêmico foi lançado oficialmente no dia 31 de agosto de 2013, durante a realização da VI Bienal Internacional do Livro de Alagoas. Este ano o evento tem como tema central "Tecnologia e educação: soluções inovadoras", tendo em vista a complexidade, os impactos e os desafios dessa discussão na contemporaneidade.

Referências:

http://caiite.org/apresentacao/

O Big Brother Brasil e a estética do grotesco na sociedade midiatizada

Artigo apresentado no  Simpósio de Pesquisa em Comunicação Social (Simpecos)

A Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (Enecos) realiza, desde o último sábado (19) o XXXV Encontro Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (Enecom), evento considerado o maior do gênero no Brasil e que este ano conta com a participação de aproximadamente 700 estudantes de diversas partes do país. Os principais objetivos deste encontro são dar visibilidade às pautas da Executiva e aproximar estudantes ao Movimento Estudantil, através de debates, palestras, oficinas, atividades lúdicas e do simples contato entre universitários de diferentes realidades.

O Enecom, que este ano acontece na Universidade Federal de Alagoas, tem como tema “Educação às avessas: Da formação que temos à Comunicação que queremos” e termina amanhã (26).

O Simpecos 

Idealizado para valorizar ainda mais o Enecom, o Simpósio de Pesquisa em Comunicação Social foi pensado para que o encontro estudantil supere suas atividades tradicionais e possui o objetivo de oferecer a troca de experiências em estudos acadêmicos com espaço para a apresentação de artigos, relatórios de pesquisa ou extensão. O Simpósio aconteceu na última quarta-feira (23) no auditório da reitoria da Ufal.

Estudantes de todo o país estiveram presentes no Simpecos 2014.

Artigo é apresentado no simpósio

Dentre os trabalhos selecionados estava um artigo produzido pelas estudantes de relações públicas do curso de Comunicação Social da Ufal, Larissa Bittencourt, Priscilla Peixoto e Mirian Oliveira, coautora do artigo científico. O trabalho levanta considerações acerca do modelo televisivo  reality show, especificamente o Big Brother Brasil, no que tange ao comportamento desenvolvido pelos participantes; atrelado à estética do grotesco, que se torna evidente quando sujeitos que, ao estarem em tal formato midiático e outorgados por este, geram a divulgação de identidades favoráveis à audiência do programa. Serão trabalhados os conceitos de promessa, espetáculo, voyeur, flâneur midiático e o grotesco.

Palavras-chave: Reality show; grotesco; midiatização; voyeurismo

Larissa Bittencourt durante apresentação do trabalho.

Larissa Bittencourt e Mirian Oliveira, co-autora do artigo.

Artigo que aborda o grotesco no reality show Big Brother Brasil é selecionado para o Simpósio de Pesquisa em Comunicação Social (Simpecos)

A Comissão organizadora da 35ª edição do Encontro Nacional de Estudantes de Comunicação Social (Enecom) divulgou ontem a lista dos trabalhos aprovados para o Simpósio de Pesquisa em Comunicação Social (Simpecos). Dentre os trabalhos selecionados está o artigo produzido pelas estudantes de Relações Públicas da Ufal, Larissa Bittencourt, Priscilla Peixoto e Mirian Oliveira, coautora do artigo científico. O trabalho levanta considerações acerca do modelo televisivo  reality show, especificamente o Big Brother Brasil, no que tange ao comportamento desenvolvido pelos participantes, atrelado à estética do grotesco

 

Idealizado para valorizar ainda mais o Enecom, o Simpecos foi pensado para que o encontro estudantil supere suas atividades tradicionais e possui o objetivo de oferecer a troca de experiências em estudos acadêmicos com espaço para a apresentação de artigos, relatórios de pesquisa ou extensão. O Simpósio acontecerá 23 de julho no auditório da reitoria da Ufal.

Trabalhos aprovados no SIMPECOS

1. A audiência no Facebook: abordagens de usos e gratificações aos seguidores da página “Hoje eu quero voltar sozinho” - Luis Gustavo Marques de Oliveira - Universidade Federal de Sergipe

2. Análise preliminar do crack nas páginas dos diários alagoanos - : Railton Teixeira da Silva - CESMAC

3. Análise de cordéis enquanto instrumento de comunicação e formação em uma perspectiva feminista - Pablo Soares Pereira Costa - Universidade Federal do Ceará

Alagoas será sede do Enecom 2014

A 35ª edição do Encontro Nacional de Estudantes de Comunicação Social acontecerá em Maceió entre os dias 19 e 26 de julho. O encontro contará com a presença de cerca de 700 estudantes de Comunicação de todo o Brasil para discutir democratização da comunicação, o combate às opressões e a qualidade de formação formação do comunicador. 

Ainda farão parte da programação painéis, oficinas, minicursos, grupos de estudo e trabalho, núcleos de vivência, Simpósio de Pesquisa em Comunicação Social (Simpecos), mostra de Artes em Comunicação Social (Artcom), Cinema dos Estudantes de Comunicação Social (Cinecom) e Ato pela Democratização da Comunicação em Maceió.

O evento é realizado pela Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (Enecos) e acontecerá no Campus A. C. Simões, na Universidade Federal de Alagoas (Ufal). As inscrições estarão abertas até o próximo dia 12 de julho com os seguintes valores: 

Programação: R$ 80,00

Programação + alimentação: R$ 100,00

Programação + alimentação + alojamento: R$ 120,00. 

Para efetuar a inscrição, é necessário preencher um formulário de inscrição no site do evento, com o pagamento de taxa  ao mobilizador responsável por cada estado.

O Grotesco Feminino: Risco, Excesso e Modernidade

Mary Russo

Mary Russo analisa o grotesco na cultura, sem catalogar figuras grotescas ou buscar seu modelo ideal, tomando como base de estudo os textos de Sigmund Freud, Mikhail Bakhtin, as fotografias 'bulímicas' de Cindy Sherman, a literatura pós-moderna de Angela Carter, e os filmes de Ulrike Ottinger e David Cronenberg. Entretanto, ela própria se vê obrigada a citar alguns dos estereótipos do grotesco: a Mulher-Barbada, a Medusa, a Bruaca, a Dona Gorda, até a associação do grotesco com as próprias feministas, das suffragettes às megeras queimadoras de sutiãs.

Dividido em capítulos inter-relacionados, O grotesco feminino trata das relações do grotesco e do modernismo, aberrações físicas (Freaks, Freak Orlando, Orlando), a mulher mutante e 'os corpos possíveis' (Gêmeos e as mulheres mutantes) e a moda e os modelos de corpo (de baixo para cima), além de um último capítulo que reitera os principais pontos do livro (Reestruturando o espetáculo).  

Bibliografia: RUSSO, Mary. O Grotesco Feminino: risco, excesso e modernidade. Rio de Janeiro: Rocco, 2000.

O humor na pornochanchada

A pornochanchada foi um gênero do cinema brasileiro que fez muito sucesso na década de 1970, com produções direcionadas às classes populares e que apresentavam um estilo grotesco caracterizado pelos excessos: gestos obscenos, linguagem chula, sexo sugerido e títulos apelativos. Recebeu esse nome por trazer elementos dos filmes do gênero como chanchada, conhecido pelo erotismo que fazia com que fosse comparado ao gênero pornô, embora não houvesse cenas de sexo explícito nos filmes.

De baixo investimento e alta rentabilidade, a pornochanchada contava com um público majoritariamente masculino e visava legitimar "os valores prezados pela burguesia, em  especial a dominação do macho sobre a fêmea, do rico sobre o pobre" (GIORA In SANTOS; ROSSETTI, 2012, p.179). As produções, geralmente realizadas na Boca do Lixo, região de prostituição existente na zona central da cidade de São Paulo, receberam a influência das comédias italianas e filmes norte-americanos, além de elementos da cultura popular brasileira, principalmente o teatro de revista, o circo e o rádio.

Pornochanchada A banana mecânica (1974).

 Eram comédias de costumes responsáveis pela produção do riso grotesco provocado pelo cômico e voltado apenas ao entretenimento, com base no sarcasmo e na grosseria. Um humor que também estava presente na vida cotidiana e que era reproduzido nas telas dos cinemas brasileiros: "frustrações e tensões do cotidiano eram, nessas salas do cinema, aliviadas. As pornochanchadas floresceram justamente no momento culminante da censura política no país." (p. 185).

A denominação é oriunda dos termos chanchada, derivada do espanhol chancho, que significa porco - uma alusão a baixa qualidade da produção, tratada na época como sinônimo de porcaria - e pornô, pela exibição excessiva da nudez. As pornochanchadas tiveram então como predecessoras as chanchadas, produzidas entre as décadas de 1930 e 1960 e nas quais prevalecia o riso com doses de erotismo. Seu subgênero ganha espaço em meados de 1970, com ênfase maior nas cenas de nudez: a pornochanchada, que não era sinônimo de filme pornográfico apesar dos títulos que recebiam geralmente serem ambíguos e apelativos, "sugeria, enquanto os filmes pornográficos mostravam. São este últimos os responsáveis pelo  desaparecimento da pornochanchada." (p. 182).

Caiite 2014

Entre os dias 18 e 23 de agosto acontecerá o II Congresso Acadêmico Integrado de Inovação e Tecnologia (Caiite), evento que já se tornou um marco importante para o desenvolvimento da educação científica, tecnológica e cultural do Estado de Alagoas. Seu nome homenageia os habitantes autóctones do território alagoano – os índios caetés –, apontados pela literatura especializada, no Tratado Descritivo do Brasil em 1587, de Gabriel Soares de Souza, como grandes músicos, amigos do bailar e exímios pescadores de linha, qualidades ou habilidades que remetem às tecnologias e às artes.

O Congresso Acadêmico foi lançado oficialmente no dia 31 de agosto de 2013, durante a realização da VI Bienal Internacional do Livro de Alagoas. Este ano o evento tem como tema central "Tecnologia e educação: soluções inovadoras", tendo em vista a complexidade, os impactos e os desafios dessa discussão na contemporaneidade.

Foto: Divulgação.

Este ano, o Caiite acontecerá também nas cidades de Arapiraca, Santana do Ipanema, Penedo, Viçosa e Delmiro Gouveia. Em Maceió, o evento será realizado de 18 a 23 de agosto e contará com mesas-redondas, oficinas, palestras, minicursos, apresentações artísticas e culturais, além da realização do 5º Festival de Música da Ufal (Femufal). As atividades ocorrerão a partir das 9h, distribuídas em 46 salas de atividades, além de auditórios e do teatro.

Fontes:
http://caiite.org/apresentacao/

O engraçado, o erótico e a confusão nas narrativas visuais de Marion Fayolle em seu ensaio sobre as relações humanas

A obra  In Pieces é uma peça de poesia visual ilustrada pela francesa e artista de quadrinhos Marion Fayolle que chama a atenção pelo capricho surrealista. As narrativas sem palavras de Fayolle falam de amor e perda, paixão e traição, desejo e luxúria. 

Artista faz pintura performativa expelindo tinta pela vagina

A suíça Milo Moiré causou polêmica ao expelir ovos cheios de tinta através da vagina para pintar uma tela. Completamente nua, Moiré realizou a performance inusitada no meio da rua, mais precisamente na entrada da Art Colónia, Alemanha. Equilibrando-se entre duas plataformas, a artista expeliu os ovos de tinta sobre uma tela que ao final da apresentação foi dobrada para ganhar o formato de um útero, uma "forma simétrica, surpreendentemente colorida e cheia de força".

Intitulada de The PlopEgg Painting (A pintura dos ovos postos), Milo explicou que quis usar “a fonte original da feminilidade –a vagina – para criar arte”. O vídeo publicado no YouTube no último dia 12 possui quase dois milhões de acessos e muitos elogios e comentários negativos.

 Para uns, o trabalho da artista não passa de um "absurdo", distante de ser considerado arte:

Comentário extraído do vídeo de Milo Moire, postado no YouTube.

O grotesco de natureza Espontânea

Quando pensamos na palavra grotesco, imediatamente a relacionamos ao horror, ao "mal gosto" e tudo capaz de resultar em nojo, riso ou escárnio.

O grotesco apresenta-se, segundo Sodré e Paiva (2002),  de duas formas: a forma representada, quando utiliza o suporte escrito, isto é, literatura e imprensa, ou o suporte imagístico, tais como pintura, fotografia, cinema, televisão, entre outros. Jornais de cunho sensacionalista ou popularesco, por exemplo, apoiam-se neste gênero como forma para atrair leitores. 

E a forma atuada, que ocorre por meio de situações de comunicação direta, vividas ou encenadas nos palcos. O gênero atuado subdivide-se, ainda de acordo com Sodré e Paiva (2002), em três naturezas: a natureza Encenada (ou burlesca), encontrada em formas de grotesco apresentadas em peças teatrais e que são muito comum no teatro utilizando gestos e expressões conhecidos e risíveis do novo público; A natureza Carnavalesca, "aparece nos ritos e festas regidos pelo espírito carnavalesco, desde festejos populares até o carnaval propriamente dito." (SODRÉ; PAIVA, 2002, p.68). 

 

E a natureza espontânea, caracterizada por acontecimentos da vida real que expõe questões irrelevantes para o grande público como sendo algo publicável. Um exemplo de grotesco manifestado através da natureza espontânea é o das imagens abaixo: