Para Sigmund Freud, humor e sonho expressam desejos inconscientes com efeitos
tranquilizadores, ao passo em que o cômico surge a partir de ações ou objetos
de entretenimento, estranhos e ridículos, capazes de refletirem em risada pela
percepção contrastante do que foi exposto ou emitido, e o humor como um comportamento caracterizado pela insensibilidade perante os infortúnios. Em todos esses casos, as normas vigentes são ignoradas, principalmente quando a expressão emitida ou objeto da comicidade tem conotação sexual, agressiva ou bizarra.
Sigmund Schlomo Freud (1922-1939) |
Tanto o riso quanto o humor estão diretamente relacionados à sexualidade e à obscenidade, "e a importância de que se revestem esses fatores decorre do significado de distensão da face aos tabus impostos pela sociedade e interiorizados na mente dos indivíduos" (SANTOS; ROSSETTI, p. 29). A comicidade e o risível funcionam, então, como um mecanismo de defesa às ansiedades e angústias do sujeito, assim como ocorre nos sonhos.
Referência bibliográfica: SANTOS, Roberto Elísio dos; ROSSETTI, Regina. Humor e riso na cultura midiática: variações epermanências. São Paulo: Paulinas, 2012. P. 188-198.
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