terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Fascínio pela violência: MMA

                                                                                           

Foto: Reprodução da internet.
A violência atrai públicos, independente de classes sociais, faixa etária e educação, por esse, dentre outros motivos – muito graças a grande mídia – uma luta, um tipo de combate formado por diversas artes marciais, conhecido antigamente como Vale Tudo, atual Mixed Martial Arts (MMA) e as lutas de Ultimate Fighting Championship (UFC), ganhou grande notoriedade e fãs em todo Brasil, invadindo noticiário e artigos esportivos.


A prática de artes marciais e mais especificamente o MMA e sua respectiva divulgação não é uma problemática, uma vez que a prática de esportes é bem vinda, independente da área de atuação dos esportistas. No entanto, a espetacularização da violência e adoração do público pela dor e sofrimento dos lutadores é forte dentro dos locais onde as lutas são realizadas.


Foto: Reprodução da internet.

           
Os combatentes do MMA disputam suas lutas em uma espécie de gaiola rodeada por fãs que geralmente gritam palavras como: mata, esmaga, destrói.  Não é de hoje que esportes violentos atraem, o boxe dominou durante muito tempo a paixão dos públicos.


A versão setecentista do boxe era incomparavelmente mais brutal que os combates mais agressivos de hoje. Os lutadores golpeavam e se defendiam com os punhos nus, e os cortes e ferimentos nas mãos eram com frequência motivos de derrota. Acima de tudo, os combates só terminavam com um nocaute decisivo ou com a exaustão completa de um dos lutadores (e às vezes dos dois) (GUMBRECHT, 2007, p.87).


Na atualidade, as lutas são apresentadas na TV aberta. O fascínio do público, antes pela bola passou para os socos e pontapés. A paixão se justifica, pois toca uma dimensão inerente à condição humana, a sensibilidade e o gosto pela exibição da violência, como no antigo coliseu romano, homens lutam e pessoas gritam e adoram.





PINELI, Carolina de Miranda e NEDOCHETKO, Maria Fernanda. UFC Combate: uma experiência.

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