Apesar do formato aparentemente para nós, brasileiros - aproximadamente dez anos - redes de TV americanas e europeias já apresentavam reality shows desde os anos de 1970. No Brasil, essa "onda" começou no ano 2000, com o programa No Limite, da TV Globo, baseado no americano Survivor. Em 2001, o SBT saiu na frente da emissora dos Marinho e apresentou A casa dos Artistas, sucesso de audiência na época. Mas a consagração do formado veio com o Big Brother Brasil, da TV Globo. Posteriormente, a TV Record também experimentou o sucesso semelhante com A fazenda, versão brasileira de The Farm , reality show sueco.
O BBB é um dos mais conhecidos Realitys shows do Brasil |
O Big Brother Brasil, atualmente em sua 13ª edição, e programado para permanecer na grade da Globo até o ano de 2020, propõe a participação de cerca de 15 pessoas que inicialmente não se conhecem durante cerca de três meses confinados, sem nenhuma ligação com o mundo exterior, com exceção do contato com o apresentador, Pedro Bial. Durante o tempo de estada, o grupo passa por diversas provas que os exploram física e emocionalmente para no final um deles receber certa quantia em dinheiro.
As chamadas "provas de resistência" costumam provocar sofrimento e até mesmo humilhação por parte dos participantes. O motivo da pressão é simples, fazer com que os participantes percam o controle e ajam de maneira curiosa e até mesmo constrangedora, incentivando brigas e proferimento de palavrões. As diversas festas regadas a muito álcool também alcançam este objetivo.
O BBB confia às suas participantes femininas, normalmente jovens e bonitas, o papel de atrair o público masculino, explorando a sensualidade delas, abusando de roupas curtas e cenas de piscina, chuveiro e banhos de sol. Quadros como o castigo do Anjo (participante que ganha o poder de dar imunidade a outro) exploram a animalidade e o rebaixamento dos participantes. A exposição de cenas picantes entre os casais formados dentro da casa também são "atrativos" oferecidos pelo programa.
No BBB 2013, um dos participantes do reality tira a roupa durante festa na casa. À esquerda, o apresentador Pedro Bial. |
Outros reality shows, como os também Globais, No Limite e Hipertansão, obrigam seus participantes a comerem alimentos exóticos: olhos de cabra, enguias, sapos, lesmas e minhocas; e ainda a passarem por situações de perigo, como serem trancados dentro do porta-malas de carros prestes a afundar em piscinas, atravessar paredes de vidro em uma bicicleta, fazer um boliche dentro de um carro, participar de provas que envolvam fogo, ficar de cócoras em um estacas de madeira por horas a fio embaixo do sol, dentre muitas outras, faziam da exploração do grotesco fontes de diversão para o público que vibrava em casa com as situações de humilhação, medo e nojo pela qual passavam os participantes.
Os reality shows atraem público porque propõe mostrar pessoas reais em situações quase reais, permitindo uma empatia com aqueles que o assistem s. No entanto, boa parte destes, tendem a manter audiência por meio da exploração da imagem de seus participantes, obrigando-os a passarem por situações que os ridicularizam, provocando; em outro polo, há ainda a opção de partir para exploração da figura feminina, abusando de imagens que mostram o corpo das participantes.
Chocar o público gera discussão e esta atrai ainda mais telespectadores, assim, os reality são em sua maioria sucesso de público, mas não de crítica positiva, uma vez que não oferecem conteúdo aproveitável em nenhuma circunstância.
Provas do programa Hipertensão:
Fotos:
BBB 13. (Foto: Reprodução) |
Participantes de A Fazenda brigando. |
Integrantes de No Limite. |
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