Bobo da corte, bufão, bufo ou simplesmente bobo é o nome pelo qual era chamado o "funcionário" da monarquia encarregado de entreter o rei e rainha e fazê-los rirem. Muitas vezes eram as únicas pessoas que podiam criticar o rei sem correr riscos,uma vez que sua função era fazê-lo rir, assim como os palhaços fazem nos dias atuais.
Bufão é um tipo característico do grotesco. Existe desde a idade
média, estando presente na corte, no teatro popular, sendo cômico e
considerado desagradável por apontar de forma grotesca os vícios e as
características da sociedade. O corpo do bufão caracteriza-se pela
deformidade e o exagero, sendo o excesso uma de suas principais
características. Também apontado como Arlequim, Faustaff ou Bobo da
corte.
Foto/Reprodução da internet. |
O
bobo teve origem no Império Bizantino. No fim das Cruzadas, tornou-se
figura comum nas cortes européias, e seu desaparecimento ocorreu durante
o século XVII. Vestia uniformes espalhafatosos, com muitas cores e
chapéus bizarros com guizos amarrados. Inspirou a 13ª carta do baralho
e, nos dias atuais, o famoso vilão, arquiinimigo do Batman.
Ele divertia o rei e os áulicos. Declamava poesias, dançava,
tocava algum instrumento e era o cerimoniário das festas. De maneira
geral era inteligente, atrevido e sagaz. Dizia o que o povo gostaria de
dizer ao rei e zombava da corte. Com ironia mostrava as duas faces da
realidade, revelando as discordâncias íntimas e expondo as ambições do
rei. Na maioria das vezes, os bobos eram loucos, deficientes físicos, anões e
corcundas, que tinham a missão de entreter os monarcas com palhaçadas
e, principalmente, com suas deformidades. Alguns bobos tinham suas
colunas quebradas para que tivessem um aspecto mais “interessante” aos
nobres.
A
palavra "bufão" vem de "bufa" (flatulência) e denominou os comediantes
dos reis porque imitavam com a boca os sons escatológicos.
Bufão Dom Bibas, século XI. |
O bobo da corte tem uma origem dentro da sabedoria
súfi. Os mestres súfis, ao acompanhar os movimentos islâmicos na Ibéria e
também nas épocas conturbadas das Cruzadas, trouxeram várias tradições
esotéricas que se incorporaram ao folclore europeu. Nas peças de William Shakespeare. Geralmente, o
Bobo shakespeariano é um personagem aparentemente ingênuo e
inconsequente, de língua afiada, que serve para insultar e fazer
comentários ásperos e irônicos sobre as atitudes e posturas dos demais
personagens. Na maioria das peças em que aparece, esse personagem
mantém-se à margem da trama, falando diretamente à plateia.
O bobo da corte era uma figura real comum na época de Shakespeare. A
rainha Elizabeth, por exemplo, costumava mantê-los em sua corte. Usado
tanto nas comédias quanto nas tragédias, os bobos mais relevantes de
Shakespeare são o da corte do Rei Lear (que funciona como um alter-ego,
um espelho, do próprio Lear), o bobo profissional de Timão de Atenas (em
torno do qual se desenvolve uma espécie de subtrama).
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